Como dito na postagem inicial,
fiz meu primeiro curso de fabricação de cerveja artesanal no final do ano de
2011 e lá conheci muitos cervejeiros bacanas e entusiasmados com o assunto; mas
foram com dois desses alunos do curso que comecei minha caminhada de brassagens,
o Paulo e o Rolf.
Não começamos logo de cara a
produzir cerveja – até porque não tínhamos um equipamento e estávamos
analisando o “custo x benefício” de adquirirmos um. Decidimos então montarmos
um equipamento próprio buscando uma personalização do mesmo. Ficamos um bom
tempo conversando, discutindo receitas, elaborando processos, trocando mais ideias
que encontrávamos em nossas pesquisas e sempre propondo soluções para,
primeiramente, montarmos o equipamento de brassagem. E foi aí que o Rolf encabeçou
a confecção do equipamento e no final de 2011 fizemos nossa primeira ESB, nas dependências
de sua casa. E um OBRIGADO especial para a Valéria (esposa do Rolf) que nos
deixou fazer bagunça em sua casa.
Obviamente não foi uma ESB digna
de uma Fuller’s, mas para iniciantes no assunto e sem ajuda de nenhum
cervejeiro experiente; ficou muito boa a nossa cria – tanto é que repetimos a receita
em outra produção.
Depois dessa experiência,
experimentamos elaborar uma receita de Weiss Beer, ou cerveja de trigo. Queríamos
experimentar uma brassagem nova, com novas etapas de produção, trazendo para a
nossa cerveja as características principais de produção deste estilo, sempre
nos balizando pela Lei de Pureza da Baviera de 1516. Obviamente, não podíamos
deixar de considerar a predileção do Rolf pelo estilo, que de origem alemã, tem
um carinho especial por esta cerveja. O Paulo elaborou uma receita e colocamos
a mão na massa. E não decepcionamos nessa primeira tentativa. A cerveja ficou
muito boa, acima do que esperávamos, e dentro das características de uma Weiss
Beer. Com poucos ajustes, ela se tornou base pra minha receita da Dart V8.
Ainda tentamos fazer uma cerveja “híbrida”,
sem estilo definido. Nós a batizamos de “Tatu com Cobra”, porque em condições
normais, não podia sair nada que prestasse do que estávamos tentando fazer.
Pegamos todos os insumos que sobraram da ESB e da Weiss, elaboramos uma receita
com o que tínhamos e brassamos a coitada. E adivinhem no que deu?
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