sexta-feira, 28 de março de 2014

As Primeiras Brassagens

Como dito na postagem inicial, fiz meu primeiro curso de fabricação de cerveja artesanal no final do ano de 2011 e lá conheci muitos cervejeiros bacanas e entusiasmados com o assunto; mas foram com dois desses alunos do curso que comecei minha caminhada de brassagens, o Paulo e o Rolf.

Não começamos logo de cara a produzir cerveja – até porque não tínhamos um equipamento e estávamos analisando o “custo x benefício” de adquirirmos um. Decidimos então montarmos um equipamento próprio buscando uma personalização do mesmo. Ficamos um bom tempo conversando, discutindo receitas, elaborando processos, trocando mais ideias que encontrávamos em nossas pesquisas e sempre propondo soluções para, primeiramente, montarmos o equipamento de brassagem. E foi aí que o Rolf encabeçou a confecção do equipamento e no final de 2011 fizemos nossa primeira ESB, nas dependências de sua casa. E um OBRIGADO especial para a Valéria (esposa do Rolf) que nos deixou fazer bagunça em sua casa.

Obviamente não foi uma ESB digna de uma Fuller’s, mas para iniciantes no assunto e sem ajuda de nenhum cervejeiro experiente; ficou muito boa a nossa cria – tanto é que repetimos a receita em outra produção.


Depois dessa experiência, experimentamos elaborar uma receita de Weiss Beer, ou cerveja de trigo. Queríamos experimentar uma brassagem nova, com novas etapas de produção, trazendo para a nossa cerveja as características principais de produção deste estilo, sempre nos balizando pela Lei de Pureza da Baviera de 1516. Obviamente, não podíamos deixar de considerar a predileção do Rolf pelo estilo, que de origem alemã, tem um carinho especial por esta cerveja. O Paulo elaborou uma receita e colocamos a mão na massa. E não decepcionamos nessa primeira tentativa. A cerveja ficou muito boa, acima do que esperávamos, e dentro das características de uma Weiss Beer. Com poucos ajustes, ela se tornou base pra minha receita da Dart V8.

Ainda tentamos fazer uma cerveja “híbrida”, sem estilo definido. Nós a batizamos de “Tatu com Cobra”, porque em condições normais, não podia sair nada que prestasse do que estávamos tentando fazer. Pegamos todos os insumos que sobraram da ESB e da Weiss, elaboramos uma receita com o que tínhamos e brassamos a coitada. E adivinhem no que deu?